Ainda Havia Sol

Há livros que não me canso de reler porque me marcam sempre de forma diferente consoante a fase da minha vida, mas o "Ainda havia sol" é um caso à parte... é sempre uma experiência nova, com novos e velhos ensinamentos, capaz de me fazer chorar e sorrir com a mesma intensidade da primeira leitura... nenhum outro livro meu tem tantos rabiscos e frases sublinhadas... as palavras entranham-se-me na pele como se fossem minhas independentemente da idade, da fase, do dia... e enquanto o livro me pertence, à história pertenço-lhe eu.

Nos dias em que me arrependo de ter feito o curso de comunicação social, lembro-me daquela segunda-feira em que o sonho do jornalismo ainda parecia real e em vez de remorsos tenho saudades e gratidão, porque se não fosse o curso não teria tido a felicidade de conhecer e inclusive entrevistar Guilherme de Melo e talvez não soubesse até hoje que há pessoas verdadeiramente mágicas que deveriam existir para sempre.