E também há o banho-maria...
"O amor é como uma qualquer refeição: se estiver demasiado ao lume, pode queimar-se. Daí que quando se parta para uma coisa destas, se use inicialmente o lume em valores muito próximos do máximo e depois, em quase todas as receitas, se aconselhe a colocar em lume brando. Embora eu não concorde, eu sei que é assim. Daí que muitas das relações se salvem por isto, por na verdade, terem percebido que não podiam estar sempre submetidas a altas temperaturas. E assim, se safam. Ou se adiam. De tal modo que com o tempo, depois do lume brando, há relações que se encontram a alourar, que é – como toda a gente sabe – o que lhe dá o verdadeiro gosto, o sabor que só o tempo sabemos poder dar. Mas há quem não o faça e normalmente esturrique o amor. Precisamente, porque não lhe terá sentido o cheiro a queimado."
Alvim, aqui
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