domingo, 23 de outubro de 2011

Não se começa pelo telhado...

Para construir uma casa, fazem-se primeiro os alicerces, depois é que se começa a colocar tijolo e massa para elevar paredes. Só com essas se podem incluir janelas e ou portas, e finalmente o telhado. Existem passos a seguir que não podem ser subvertidos.
Com as pessoas passa-se exactamente a mesma coisa. Por mais que tentemos remendar infiltrações aqui e buracos na parede ali, se os alicerces não estiverem em condições, as obras serão contantes.
Na vida, existem coisas que nos acontecem e que sem dúvida rebentam, abanam, mexem, arrancam esses alicerces: auto confiança, auto-estima, crenças, valores e força, acima de tudo a força. E quando o instinto de sobrevivência dispara, corremos o risco de entrar num eterno remediar em vez de resolver.
Às vezes solução é bem mais básica, embora complicada dado que normalmente envolve vários factores e outras pessoas. Para pessoas como eu, com uma costela de Scarlett O'Hara, é imperativo espaço, independência, erguer-se sozinho para sentir que se conquistou algo. O processo passa por parar para respirar e pôr a cabeça no lugar, verificar que os alicerces ainda estão lá, que continuam fortes, que estão prontos a sustentar paredes e telhado antes de prosseguir. Recuperar as tais confiança, estima, crenças, valores e força, perceber que afinal o pior já passou e que é tempo para colocar mais massa e tijolo, imaginar o produto final e sonhar com elementos decorativos.

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