segunda-feira, 20 de maio de 2013

Sobre a co-adopção...

Muita tinta já correu, muitas barbaridades foram ditas por criaturas que não merecem o tempo de antena que lhes foi concedido. A situação deveria ser tão simples quanto isto: existem crianças sem família e pessoas dispostas a acolhê-las, amá-las, dar-lhes uma família. No entanto, anda para aí muita gente presa ao facto de a co-adopção ser por casais homosexuais como se isso fosse uma maldição, um terror, como se o amor de um parente a um filho tivesse qualquer ligação à sexualidade. Para piorar a situação (e provar a bestialidade das criaturas que as profeçam) usam de argumentos como 'uma família é pai e mãe' e 'biologicamente é impossível haver 2 pais ou 2 mães'. Impossível é que estas criaturas tenham pensado antes de abrir a boca para dizer merda. Porque obviamente não pensaram em famílias mono-parentais, nem em casais que não conseguem conceber, nem em crianças criadas e educadas pelos tios ou avós, nem nos que passam anos em instituições à espera que alguém os escolha, os queira. A adopção, seja por quem for, deveria ser apenas um acto de amor, uma escolha de amor. Mas na voz infelizmente histérica e ouvida destas criaturas pode ser uma aberração, porque aparentemente há pior sina para uma criança que até agora não foi querida, nem amada, que foi abandonada e muitas vezes mal-tratada...

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu concordo contigo plenamente. Compreendo que pessoas mais velhas tenham dificuldade em aceitar isso, porque são de outro tempo, porque têm outra mentalidade... tudo bem. Mas pessoas jovens com discursos destes não faz sentido nenhum!
Estou a lembrar-me de um casal heterossexual que adoptou uma criança a quem passado um ano foi diagnosticado uma doença "chata", que não convinha nada e então devolveram-na à instituição como se devolve uma peça de roupa ou um artigo com defeito. Enfim!!!!

Angie